Karol Assunção, Jornalista da Adital
Considerado como dia da abolição dos escravos no Brasil, o 13 de maio está longe de ser uma data comemorativa para o movimento negro no país. O dia ganhou outro significado para negros e negras, que passaram a chamá-lo de “Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo”. Em São Paulo, a data será marcada por mobilizações e atos públicos.
Douglas Belchior, integrante do Conselho Geral da União de Núcleos de Educação Popular para Negros/as e Classe Trabalhadora (Uneafro), explica que o movimento negro no Brasil “ressignificou” o 13 de maio, transformando-o em uma data de luta. “O dia de 13 foi visto como dia da libertação dos escravos, mas os negros desmentiram, mostrando que continuam precarizados, escravizados”, comenta.
Desemprego, falta de acesso à moradia e aos serviços de saúde, educação de baixa qualidade, preconceito, discriminação racial, violência. Esses são apenas alguns problemas ainda enfrentados por negros e negras no Brasil. Belchior observa que, apesar de alguns avanços – principalmente nas políticas públicas voltadas para a população negra no país -, eles “são muito tímidos”.
O integrante da Uneafro chama atenção também para o racismo sofrido pelos/as negros/as. Segundo ele, crime já está naturalizado pela sociedade e pelo Estado brasileiro. “O racismo já se enraizou nas relações sociais e pessoais”, comenta, lembrando, por exemplo, que negros e negras são, muitas vezes, alvos de piadas e chacotas.
Neste ano, o “Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo” chama atenção para a violência contra jovens negros. Dados do “Mapa da Violência 2011 – Os jovens do Brasil” revelam que 12.749 negros/as foram assassinados/as no ano de 2008. De acordo com o relatório, entre 2002 e 2008, as taxas de homicídios de jovens brancos caíram 23,3% enquanto que as de jovens negros cresceram 13,2%. “Isso mostra o avanço do genocídio contra a população negra”, observa Belchior.
Atividades
“Parem de matar os nossos filhos”. É com esse grito que organizações e movimentos do povo negro realizam, nesta semana, ações contra o racismo e a violência. Ontem (12), segundo Douglas Belchior, entidades sociais entregaram na Assembleia Legislativa de São Paulo um dossiê sobre a violência contra população negra e demandaram uma CPI sobre o genocídio negro e a ação da polícia militar de São Paulo.
Hoje (13), a atividade começará às 12h em frente ao Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo. Às 18h, haverá um ato político seguido de cortejo cultural pelas ruas do Centro. Além do rechaço à violência contra a população negra, os manifestantes reivindicam: reparações históricas para o povo negro brasileiro; manutenção das cotas nas universidades e ampliação para todas as instituições de ensino superior públicas; manutenção do decreto que regula a titulação dos territórios quilombolas; tipificação dos casos de violência policial; entre outras.
Para mais informações, consulte: http://contraogenocidio.blogspot.com/
Desemprego, falta de acesso à moradia e aos serviços de saúde, educação de baixa qualidade, preconceito, discriminação racial, violência. Esses são apenas alguns problemas ainda enfrentados por negros e negras no Brasil. Belchior observa que, apesar de alguns avanços – principalmente nas políticas públicas voltadas para a população negra no país -, eles “são muito tímidos”.
O integrante da Uneafro chama atenção também para o racismo sofrido pelos/as negros/as. Segundo ele, crime já está naturalizado pela sociedade e pelo Estado brasileiro. “O racismo já se enraizou nas relações sociais e pessoais”, comenta, lembrando, por exemplo, que negros e negras são, muitas vezes, alvos de piadas e chacotas.
Neste ano, o “Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo” chama atenção para a violência contra jovens negros. Dados do “Mapa da Violência 2011 – Os jovens do Brasil” revelam que 12.749 negros/as foram assassinados/as no ano de 2008. De acordo com o relatório, entre 2002 e 2008, as taxas de homicídios de jovens brancos caíram 23,3% enquanto que as de jovens negros cresceram 13,2%. “Isso mostra o avanço do genocídio contra a população negra”, observa Belchior.
Atividades
“Parem de matar os nossos filhos”. É com esse grito que organizações e movimentos do povo negro realizam, nesta semana, ações contra o racismo e a violência. Ontem (12), segundo Douglas Belchior, entidades sociais entregaram na Assembleia Legislativa de São Paulo um dossiê sobre a violência contra população negra e demandaram uma CPI sobre o genocídio negro e a ação da polícia militar de São Paulo.
Hoje (13), a atividade começará às 12h em frente ao Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo. Às 18h, haverá um ato político seguido de cortejo cultural pelas ruas do Centro. Além do rechaço à violência contra a população negra, os manifestantes reivindicam: reparações históricas para o povo negro brasileiro; manutenção das cotas nas universidades e ampliação para todas as instituições de ensino superior públicas; manutenção do decreto que regula a titulação dos territórios quilombolas; tipificação dos casos de violência policial; entre outras.
Para mais informações, consulte: http://contraogenocidio.blogspot.com/
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=56421
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