Comunidade quilombola de São Jorge
completa três semanas sem água
Flavia Bernardes
Quarenta famílias que vivem na comunidade quilombola de São Jorge, em São Mateus, estão sofrendo com a falta de água há três semanas. Na última semana, a informação era de que a bomba que deveria abastecer a caixa d´água quebrou, mas que uma nova já havia sido prometida pelas autoridades. Entretanto, nada foi feito até o momento. Enquanto isso, além das famílias, as aulas da Escola Unidocente Municipal São Jorge também estão sendo prejudicadas.
Segundo Olinda Serafim Nascimento, que integra da Comissão Quilombola do Sapê do Norte e mora na comunidade, a bomba que abastece a caixa d´água da comunidade quebrou e o abastecimento vem sendo feito por um carro pipa uma vez por semana. Entretanto, a água não é suficiente para abastecer toda a comunidade.
“A água não é suficiente para todos. As crianças estão sendo dispensadas mais cedo x\z \ul\z por não haver água suficiente para beber, limpar a escola e para cozinhar. Já na comunidade há uma mãe com um bebê de 20 dias que tem de escolher entre usar água para cozinhar e se manter saudável para cuidar do bebê, ou fazer a higiene do seu filho”, desabafou Olindina Nascimento.
Nem os lagos e córregos da região podem ser utilizados pelos quilombolas. Eles lembram que são prejudicados pelos plantios de eucalipto e que, nos corpos hídricos que ainda não foram completamente assoreados, a água está contaminada por agrotóxico.
A prefeitura de São Mateus e o Ministério Público Federal (MPF-ES) foram notificados pela Comissão Quilombola do Sapê do Norte, mas a única resposta partiu da primeira, que reconheceu o problema mas não informou a data em que a bomba será trocada.
Após três semanas dividindo água do caminhão pipa, Olindina explicou que a situação está caótica. “Os moradores mais necessitados estão utilizando a água de uma cratera abandonada por um empreendimento na região. A água da chuva empossou ali, sabemos que ela não é própria, mas é a única alternativa que temos”, desabafou a quilombola.
Ao todo, os quilombolas são donos de cerca de 50 mil hectares de terras no Espírito Santo, como comprovam pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A maior parte delas ocupada pela ex-Aracruz Celulose, atual Fibria, durante a ditadura militar, e localizada no Sapê do Norte, território formado pelos municípios de São Mateus e Conceição da Barra.
Com a ocupação pela transnacional e a destruição das matas na região para o plantio de eucalipto, os quilombolas vivem atualmente ilhados e necessitam do auxílio do poder público para se abastecer de água.
Segundo Olinda Serafim Nascimento, que integra da Comissão Quilombola do Sapê do Norte e mora na comunidade, a bomba que abastece a caixa d´água da comunidade quebrou e o abastecimento vem sendo feito por um carro pipa uma vez por semana. Entretanto, a água não é suficiente para abastecer toda a comunidade.
“A água não é suficiente para todos. As crianças estão sendo dispensadas mais cedo x\z \ul\z por não haver água suficiente para beber, limpar a escola e para cozinhar. Já na comunidade há uma mãe com um bebê de 20 dias que tem de escolher entre usar água para cozinhar e se manter saudável para cuidar do bebê, ou fazer a higiene do seu filho”, desabafou Olindina Nascimento.
Nem os lagos e córregos da região podem ser utilizados pelos quilombolas. Eles lembram que são prejudicados pelos plantios de eucalipto e que, nos corpos hídricos que ainda não foram completamente assoreados, a água está contaminada por agrotóxico.
A prefeitura de São Mateus e o Ministério Público Federal (MPF-ES) foram notificados pela Comissão Quilombola do Sapê do Norte, mas a única resposta partiu da primeira, que reconheceu o problema mas não informou a data em que a bomba será trocada.
Após três semanas dividindo água do caminhão pipa, Olindina explicou que a situação está caótica. “Os moradores mais necessitados estão utilizando a água de uma cratera abandonada por um empreendimento na região. A água da chuva empossou ali, sabemos que ela não é própria, mas é a única alternativa que temos”, desabafou a quilombola.
Ao todo, os quilombolas são donos de cerca de 50 mil hectares de terras no Espírito Santo, como comprovam pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A maior parte delas ocupada pela ex-Aracruz Celulose, atual Fibria, durante a ditadura militar, e localizada no Sapê do Norte, território formado pelos municípios de São Mateus e Conceição da Barra.
Com a ocupação pela transnacional e a destruição das matas na região para o plantio de eucalipto, os quilombolas vivem atualmente ilhados e necessitam do auxílio do poder público para se abastecer de água.
Nenhum comentário:
Postar um comentário