quinta-feira, 11 de abril de 2013

SP - Vida dos escravos remanescentes vai virar exposição em Criciúma


Engeplus
 
10/4/2013 A comunidade de escravos remanescentes Quilombola São Roque, criada em 1824 por escravos fugidos do Rio Grande do Sul, localizada em Praia Grande, recebeu a visita da equipe da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial de Criciúma (Copirc). A vida da comunidade, que hoje abriga 22 famílias descendentes de escravos, servirá de base para uma exposição sobre a história do negro que está em fase de produção. A meta da Copirc é levar essa exposição às escolas e espaços públicos, afirmou a coordenadora, Geórgia dos Passos Hilário.

As famílias que residem no local aguardam a titulação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para trabalhar na área onde está fixada. O Ministério do Meio Ambiente ainda não liberou as terras demarcadas – sete quilômetros - e por isso os moradores não podem cultivar os produtos aos quais eram acostumados. 

De acordo com a moradora e presidente da associação Quilombola de São Roque, Maria Rita dos Santos, 54 anos, seus bisavós e avós eram escravos, sendo que os mesmo vieram nos grupos que fugiram do Rio Grande do Sul. “Meu avô já nasceu na Lei do Ventre Livre, onde o filho era criado até os oito anos de idade e depois tinha que se virar no mundo”.

As crianças da comunidade frequentam a Escola Municipal Isolada Pedra Branca. A responsável pelo local é a professora Adriana Pinto Gonçalves, que trabalha sozinha desde a educação infantil até o 5° ano do Ensino Fundamental. “Procuro trabalhar dentro da Lei Federal. É muito importante que todos os meninos e meninas da comunidade saibam se respeitar e mostro que não há diferença entre eles. Nossas atividades aqui iniciam às 11 horas e se estendem até as 18 horas. Aceitei trabalhar com os alunos durante este horário, pois é a única hora que eles podem vir”.

Com informações de Milena dos Santos /Decom

 
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