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10/4/2013
A
comunidade de escravos remanescentes Quilombola São Roque, criada em
1824 por escravos fugidos do Rio Grande do Sul, localizada em Praia
Grande, recebeu a visita da equipe da Coordenadoria de Promoção da
Igualdade Racial de Criciúma (Copirc). A vida da comunidade, que hoje
abriga 22 famílias descendentes de escravos, servirá de base para uma
exposição sobre a história do negro que está em fase de produção. A meta
da Copirc é levar essa exposição às escolas e espaços públicos, afirmou
a coordenadora, Geórgia dos Passos Hilário. As famílias que residem no local aguardam a titulação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para trabalhar na área onde está fixada. O Ministério do Meio Ambiente ainda não liberou as terras demarcadas – sete quilômetros - e por isso os moradores não podem cultivar os produtos aos quais eram acostumados. De acordo com a moradora e presidente da associação Quilombola de São Roque, Maria Rita dos Santos, 54 anos, seus bisavós e avós eram escravos, sendo que os mesmo vieram nos grupos que fugiram do Rio Grande do Sul. “Meu avô já nasceu na Lei do Ventre Livre, onde o filho era criado até os oito anos de idade e depois tinha que se virar no mundo”. As crianças da comunidade frequentam a Escola Municipal Isolada Pedra Branca. A responsável pelo local é a professora Adriana Pinto Gonçalves, que trabalha sozinha desde a educação infantil até o 5° ano do Ensino Fundamental. “Procuro trabalhar dentro da Lei Federal. É muito importante que todos os meninos e meninas da comunidade saibam se respeitar e mostro que não há diferença entre eles. Nossas atividades aqui iniciam às 11 horas e se estendem até as 18 horas. Aceitei trabalhar com os alunos durante este horário, pois é a única hora que eles podem vir”. Com informações de Milena dos Santos /Decom |
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O
Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem
descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se
responsabilizando pelo seu conteúdo.
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Na construção do Decreto 4887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, a CONAQ teve uma participação importantíssima, influenciando diretamente na construção do texto legal. Nesse sentido, a CONAQ assume também a defesa radical do referido Decreto.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
SP - Vida dos escravos remanescentes vai virar exposição em Criciúma
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