Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba e Distrito Federal estiveram representados em reunião na terça feira (28), realizada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), com o objetivo de agilizar a segunda fase do Projeto A Cor da Cultura.
A ideia é subsidiar o setor educacional desses estados na implementação da Lei 10.639/2003, que prevê o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas, a partir da formação e da oferta de ferramentas áudio-visuais para essa finalidade.
Segundo a secretária de Políticas de Ações Afirmativas da SEPPIR, Anhamona de Brito, os pólos foram escolhidos em função dos altos índices de vitimização da população negra que apresentam, em particular os verificados no Mapa da Violência 2011, pesquisa realizada pelo Instituto Sangari por solicitação do Ministério da Justiça. “Entende-se que a intervenção no campo educacional e os esforços para a plena implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, possam contribuir para a reversão do quadro de violência nesses estados”, declarou a gestora.
A Cor da Cultura
O Projeto contempla diferentes produtos áudio-visuais para atender prioritariamente o eixo educacional, com conteúdos que se traçam pelas artes afro-brasileiras, religiões de matriz africana, gastronomia étnico-racial e organizações sociais, valorizando o acervo patrimonial, material e imaterial das influências africanas nas rotinas brasileiras. Os programas são voltados à capacitação de professores, sensibilização de estudantes e ao envolvimento das escolas na difusão das relações históricas entre o Brasil e a África, por meio das séries: Heróis de Todo Mundo; Mojubá, Nota 10; publicações de Livros Animados; Cadernos Especiais; Criação de Ambiente Virtual, Planos de Ações Articuladas e Assessoria de Imprensa.
Para essa nova etapa, serão oferecidos às secretarias que aderirem ao Projeto: formação de 04 dias, sendo o último dia para planejar o processo posterior de multiplicação de 35 a 40 profissionais da educação, em cada pólo, para atuarem como multiplicadores nas respectivas redes de educação; acompanhamento do processo de multiplicação para a rede de educação; 300 kits para escolas, sendo um para cada uma delas.
A metodologia adotada em cada pólo depende de pactuação com o grupo gestor local, devendo ser adaptada às condições e necessidades específicas. A formalização da parceria é feita com a assinatura de um termo de adesão firmado entre a Secretaria de Educação e a Fundação Roberto Marinho.
Além dos gestores das secretarias de Políticas de Ações Afirmativas e de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), do MEC, e da Fundação Roberto Marinho/Canal Futura, que são parceiros na iniciativa, participaram do encontro representantes das secretarias de Educação, dos Fóruns de Educação e Diversidade, e do Fórum Intergovernamental de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (FIPIR) dos cinco estados.
Enviado por SEPPIR.
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