quarta-feira, 29 de junho de 2011

Radialista ‘mulher e negra’ é agredida no MS

Por racismoambiental, 29/06/2011 10:21
Redação Portal


A radialista e advogada, Marinalva Aparecida Pereira Barbosa, denunciou à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) a agressão sofrida no trânsito, após um acidente próximo ao bairro Vilas Boas, em Campo Grande (MS), informa o jornal eletrônico Midiamax. Marinalva afirma que a violência que sofreu é fruto de preconceito por ser mulher e negra.
“Isso foi um absurdo. Tenho certeza que isso só aconteceu porque sou mulher e ‘negona’. Essa é a verdade”, relata a radialistas para o Midiamax.
Ao sair de seu local de trabalho, na av. Zahran, Marinalva passou por uma avenida onde havia um acidente. Policiais da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran) orientavam o local e pediam aos carros para abrir espaço para o caminhão dos bombeiros. Assim como outros motoristas, Marinalva subiu na calçada, em frente à empresa Alumetal, quando foi surpreendida por funcionários, que rodearam seu carro.
“Estava passando devagar, até mesmo porque tinha um acidente ali do lado. De repente, um dos funcionários bateu as mãos em cima do meu capô e outro deu um tapa na minha nuca e depois mandou eu descer. Eles gritavam que já tinham dito que ‘não era para passar por ali’, mas como eu ia saber disso? E outra, não é por isso que eles tem o direito de sair batendo nos outros”.
A radialista conta pediu “socorro” para a Ciptran, quando foi empurrada contra o veículo, por um homem identificado como “Rogério”, que disse ser um dos sócios da empresa. “Ele percebeu que a polícia estava vindo em nossa direção para saber o que estava acontecendo, quando gritou que não era nada. Antes de encostar em mim de novo, outra pessoa falou: ‘cuidado, ela é jornalista e advogada’. Os policiais foram até a empresa, mas ninguém veio abrir a porta. Até agora, nenhum responsável pelo local entrou em contato para dar satisfação.
A Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e o Conselho de Defesa da Mulher Negra foram contatados para registrar a denúncia. Ela também pediu uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir o assunto.”Mulheres são humilhadas no trânsito o tempo todo, principalmente por xingamentos e esta violência tem que acabar”.

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