Manifestantes de vários movimentos sociais promovem neste sábado (18) em ao menos 41 cidades do país a Marcha da Liberdade. O protesto une ativistas de várias causas, da luta contra o racismo à preservação ambiental, dos direitos homossexuais ao vegetarianismo, do combate à violência contra a mulher à defesa dos animais.
O movimento, organizado nas redes sociais da internet, tem como norte a liberdade de expressão e reunião. A reivindicação geral é o fim da repressão policial nas diversas manifestações, sob ordens do Judiciário.
No texto que convoca os manifestantes, os organizadores mencionam os ataques da Polícia Militar aos participantes da Marcha da Maconha, realizada no último dia 21 de maio em São Paulo.
“Sete dias depois, defensores das mais diversas causas, vítimas das mais diferentes injustiças, estavam de volta ao mesmo local para dar uma resposta à opressão. As ruas de São Paulo foram tomadas por 5 mil pessoas de todas as cores, crenças e bandeiras. Na Internet, uma multidão espalhava a mensagem como vírus pelas redes sociais. Naquele dia, o Brasil marchou unido por um mesmo ideal. Nascia ali a Marcha da Liberdade.”
A convocação chama para as ruas hoje “ligas, correntes, grupos de teatro, dança, coletivos, povos da floresta, grafiteiros, operários, hackers, feministas, bombeiros, maltrapilhos e afins. Associações de bairros, ONGs, partidos, anarcos, blocos, bandos e bandas.”
“Todos os que condenam a impunidade, que não suportam a violência policial repressiva, o conservadorismo e o autoritarismo do judiciário e do Estado.”
Na última quarta-feira (18), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por 8 votos a 0, que manifestações públicas em defesa da legalização ou descriminalização de drogas não podem ser proibidas. Isso vinha ocorrendo em decisões judiciais de instâncias inferiores, que argumentavam que os protestos faziam apologia ao crime.
Em Brasília, a marcha hoje começa às 14h na Torre de TV. Antes, outra manifestação, a Marcha das Vagabundas, contra o assédio machista sobre mulheres, começa com uma caminhada no Conjunto Nacional.
Pelo menos outras 23 capitais terão ruas movimentadas pela Marcha da Liberdade. Em Minas, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, o interior também terá protestos. A lista completa, com horário e endereço, está no site http://www.marchadaliberdade.org/.
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