Mayron Regis
A comunidade quilombola de Jacaraeí dos Pretos – município de Icatú – litoral leste maranhense. Surgiu a oportunidade no dia 19 de junho de 2011. Quase se admite que “os pretos” um dia consigam levar políticas públicas para seus territórios, contudo o agronegócio brasileiro em seus rompantes de nacionalismo de simbologia fascista prefere que essas “terras de preto” retroajam as mãos dos seus proprietários perplexos para que ou as revendam para empresas de monoculturas ou invistam seus últimos trocados em plantios de eucalipto.
A dona Irene, moradora de Jacaraeí dos Pretos, ao retornar de sua horta, perto do riacho que abastece a comunidade, envelheceu sua fala alguns anos: “Anos atrás, o pessoal do CCN (Centro de Cultura Negra) alertou-nos sobre o eucalipto e sobre a soja”.
Outro morador de Jacaraeí dos Pretos aliviou suas crenças e descrenças sobre o encontro de lavradores do Munim que ocorrerá entre os dias 28 e 31 de julho de 2011 no povoado Mata dos Alves, município de Morros: “Andei muito por essas bandas, Contrato, Recurso, Santa Cecilia, etc. Estou sabendo desse encontro e caso eu queira ir como faço?”. No dia 18 de julho, houve uma reunião preparatória na comunidade para tratar sobre a logística do encontro. Ficou acertado que Morros e Cachoeira Grande disponibilizariam dois ônibus e dois caminhões.
A comunidade quilombola de Jacaraeí dos Pretos – município de Icatú – litoral leste maranhense. Surgiu a oportunidade no dia 19 de junho de 2011. Quase se admite que “os pretos” um dia consigam levar políticas públicas para seus territórios, contudo o agronegócio brasileiro em seus rompantes de nacionalismo de simbologia fascista prefere que essas “terras de preto” retroajam as mãos dos seus proprietários perplexos para que ou as revendam para empresas de monoculturas ou invistam seus últimos trocados em plantios de eucalipto.
A dona Irene, moradora de Jacaraeí dos Pretos, ao retornar de sua horta, perto do riacho que abastece a comunidade, envelheceu sua fala alguns anos: “Anos atrás, o pessoal do CCN (Centro de Cultura Negra) alertou-nos sobre o eucalipto e sobre a soja”.
Outro morador de Jacaraeí dos Pretos aliviou suas crenças e descrenças sobre o encontro de lavradores do Munim que ocorrerá entre os dias 28 e 31 de julho de 2011 no povoado Mata dos Alves, município de Morros: “Andei muito por essas bandas, Contrato, Recurso, Santa Cecilia, etc. Estou sabendo desse encontro e caso eu queira ir como faço?”. No dia 18 de julho, houve uma reunião preparatória na comunidade para tratar sobre a logística do encontro. Ficou acertado que Morros e Cachoeira Grande disponibilizariam dois ônibus e dois caminhões.
A turma que compõe a comissão organizadora do encontro de lavradores se evadiu de várias comunidades de Morros e de Cachoeira Grande. Nela se faz presente a prefeitura de Morros e a câmara de vereadores. A discussão sobre o encontro se repartiu em vários subtemas e um deles foi a elaboração de uma lei especifica que proíba os plantios de monoculturas em Morros.
Alquebra-se em cima de uma Toyota por quase duas horas de Morros até Mata dos Alves, área titulada pelo Iterma em mais de dois mil hectares. Essa área se liga a área de Santa Cecilia, cujo decreto de desapropriação se encontra sobre a mesa da presidente Dilma Roussef para que assine.
O Sr. Ribamar Lopes pretendia expulsar as comunidades que residem na área e ensebar um projeto de reflorestamento com eucalipto nos mais de dez mil hectares de terra em parceria com a Franere. Por conta da mobilização da comunidade de Santa Cecilia, do STTR de Morros, da Fetaema, da prefeitura municipal de Morros, da Associaçao Agroecológica Tijupá e do Fórum Carajás, o Incra realizou uma vistoria na área que a confirmou como área propicia para desapropriação com fins de reforma agrária.
Os processos de reconhecimento de comunidades quilombolas e de desapropriação de áreas com vista a reforma agrária, pelo menos do ponto de vista legal, sossegam singularidades do cotidiano de pessoas que até bem pouco tempo se ocupavam apenas com sua rotina e com seus ideários mais singelos.
O mundo que se resumia ao seu circuito familiar dali em diante assume outras coordenadas geográficas e sociais com mais elementos interagindo sem que eles se desmanchem para dar lugar a outro. Outras coordenadas não são novas coordenadas como geralmente se pensa. O espaço continua o mesmo. As pessoas continuam as mesmas.
A mudança ocorreu na percepção de que aquele espaço e aquelas pessoas respondem de forma coletiva e não mais de forma individual a uma adversidade. Um exemplo: a adversidade não se encontra na quantidade enorme de frutas que se estraga em Jacareí dos Pretos, como também acontece em qualquer comunidade do interior do Maranhão, mas sim na falta de entendimento sobre o verdadeiro problema que acomete a comunidade.
A produção que muitas vezes se perde numa comunidade não é um problema em si mesmo. Dos problemas que interferem na vida das pessoas das comunidades, a produção talvez seja o de mais fácil resolução. Os piores problemas se interpenetram na incapacidade do Estado aceitar que as áreas de reforma agrária carecem de instrumentos específicos e infra-estrutura especifica para que elas possam comercializar seus produtos.
Alquebra-se em cima de uma Toyota por quase duas horas de Morros até Mata dos Alves, área titulada pelo Iterma em mais de dois mil hectares. Essa área se liga a área de Santa Cecilia, cujo decreto de desapropriação se encontra sobre a mesa da presidente Dilma Roussef para que assine.
O Sr. Ribamar Lopes pretendia expulsar as comunidades que residem na área e ensebar um projeto de reflorestamento com eucalipto nos mais de dez mil hectares de terra em parceria com a Franere. Por conta da mobilização da comunidade de Santa Cecilia, do STTR de Morros, da Fetaema, da prefeitura municipal de Morros, da Associaçao Agroecológica Tijupá e do Fórum Carajás, o Incra realizou uma vistoria na área que a confirmou como área propicia para desapropriação com fins de reforma agrária.
Os processos de reconhecimento de comunidades quilombolas e de desapropriação de áreas com vista a reforma agrária, pelo menos do ponto de vista legal, sossegam singularidades do cotidiano de pessoas que até bem pouco tempo se ocupavam apenas com sua rotina e com seus ideários mais singelos.
O mundo que se resumia ao seu circuito familiar dali em diante assume outras coordenadas geográficas e sociais com mais elementos interagindo sem que eles se desmanchem para dar lugar a outro. Outras coordenadas não são novas coordenadas como geralmente se pensa. O espaço continua o mesmo. As pessoas continuam as mesmas.
A mudança ocorreu na percepção de que aquele espaço e aquelas pessoas respondem de forma coletiva e não mais de forma individual a uma adversidade. Um exemplo: a adversidade não se encontra na quantidade enorme de frutas que se estraga em Jacareí dos Pretos, como também acontece em qualquer comunidade do interior do Maranhão, mas sim na falta de entendimento sobre o verdadeiro problema que acomete a comunidade.
A produção que muitas vezes se perde numa comunidade não é um problema em si mesmo. Dos problemas que interferem na vida das pessoas das comunidades, a produção talvez seja o de mais fácil resolução. Os piores problemas se interpenetram na incapacidade do Estado aceitar que as áreas de reforma agrária carecem de instrumentos específicos e infra-estrutura especifica para que elas possam comercializar seus produtos.
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