quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Procuradora lamenta lentidão da Justiça para homologar terra quilombola

A procuradora regional dos Direitos do Cidadão no Distrito Federal, Luciana Loureiro, lamentou a lentidão da Justiça para analisar as ações ajuizadas pelo Ministério Público  que buscam dar mais celeridade à legalização do território quilombola Mesquita, situado na Cidade Ocidental (GO).

Ela disse que o MP entrou com duas ações sobre o assunto: uma, contra o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ajuizada em 2008, solicita a regularização da terra; e a outra, contra a Secretaria de Meio Ambiente de Goiás, tem o objetivo de evitar a concessão de licenças ambientais a empresas acusadas de degradarem o meio ambiente na região.
“Até hoje as ações não deram em nada. Sequer foi dado prazo ao Incra para concluir o processo de regularização. Quanto à ação ambiental, que visava a evitar a exploração de madeira na área, já tem cinco anos e não teve resultado”, reclamou.
Cobertura jornalística
Luciana Loureiro também se queixou da cobertura jornalística, que, segundo ela, é altamente desfavorável aos quilombolas. “É até fraudulenta, porque se baseia no discurso de que os quilombolas estariam apenas atrás de um modo fácil de obter terras; deixando de reconhecer a luta histórica dos remanescentes da escravidão, que estão lutando por seus direitos mais básicos, como o da moradia.”
A audiência, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, ocorre no plenário 9.

Continue acompanhando a cobertura desse debate.
Reportagem - Luiz Cláudio Pinheiro
Edição – Regina Céli Assumpção

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara de Notícias'

Nenhum comentário:

Postar um comentário