Matéria reproduzida em: Correio do Brasil
O quilombola Diogo de Oliveira Flozina foi assassinado por policiais na cidade de Caravelas, litoral sul da Bahia. A denúncia é dos moradores locais que não quiseram se identificar por medo de retaliações. O caso ocorreu no Quilombo de Volta Miúda, no final do mês de junho. A vítima tinha 27 anos e era pai de dois filhos.
A comunidade alega que sofre ameaças de policiais e empresas produtoras de eucaliptos, que têm interesse na área. De acordo com relatos divulgados pela Rede Mocambos – formada por ativistas da causa negra –, o jovem quilombola teve sua casa invadida e foi morto por três policiais à paisana.
Uma viatura teria ido até o local para buscar o corpo, que primeiro foi levado ao município vizinho de Nova Viçosa – local que possui denúncias de tráfico de drogas – e, depois, encaminhado para o hospital de Teixeira de Freitas. No boletim de ocorrência consta que o rapaz era traficante e que acabou morrendo após troca de tiros com policiais em uma “boca de fumo”.
Um adolescente de 15 anos também teria sido vítima de violência policial, com espancamento e ameaça de morte, por tentar se aproximar da casa onde o outro jovem estava com os policiais.
A comunidade aponta que Diogo foi assassinado por produzir carvão para subsistência de sua família. Isso estaria incomodando as empresas de eucalipto. Os quilombolas pedem proteção e assistência do poder público. Além do Volta Miúda, mais sete quilombos existem na região.
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